O colágeno é a principal proteína estrutural dos tecidos conjuntivos, como pele, tendões, cartilagens e ossos, constituindo de 25 a 30% de todas as proteínas do corpo. No tecido cutâneo, participa da constituição da matriz extracelular, representando até 75% do peso total deste tecido e apresentando a função de sustentação. Juntamente com o ácido hialurônico e as demais fibras encontradas na matriz extracelular como a reticulina e a elastina, o colágeno forma uma rede de sustentação para os fibroblastos, queratinócitos, melanócitos e células especializadas do sistema imunológico cutâneo. A rede de fibras de colágeno dérmico, com a idade, à partir da adolescência e início da idade adulta, torna-se cada vez mais fragmentada com fibras mais curtas e menos organizadas acumulando vários fragmentos de colágeno degradado. Além disso, com o envelhecimento há um aumento das metaloproteinases (MMP) que são enzimas que degradam as fibras de colágeno, diminuindo a síntese de novos componentes da matriz extracelular, incluindo o colágeno produzido por fibroblastos dérmicos. Os efeitos do envelhecimento intrínseco e extrínseco se sobrepõem levando a alterações estruturais e funcionais na derme com redução de volume, perda de elasticidade, redução da espessura epidérmica, aumento das rugas e redução da capacidade de reter a umidade pela pele devido à redução do ácido hialurônico na matriz extracelular que tem a capacidade de reter água nessas estruturas.